domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães

Hoje é Dia das Mães. Por mais exploração comercial que haja neste dia, não se pode negar que ele desperta nos filhos o desejo inadiável de agradar suas mães. Isto, naturalmente, deveria ser uma atitute diária. Mas não é. A convivência é difícil, os atritos são frequentes, as incompatilidades irreversiveis, as cobranças de doações de uma vida inevitáveis. Graças a Deus existem (poucas) exceções.

O Dia das Mães é também um gerador de culpas. Isto, quando já perdemos a nossa  A minha se foi dois dias depois do Dia das Mães de 1993, dia 13 de maio. Seu último pedido foi dormir na sua casinha humilde, de onde estava afastada há mais de um mês, desde que adoecera. Felizmente lhe deu este presente e ela ficou muito feliz. Uma culpa a menos das muitas que carrego: por não ter sido muito carinhosa, por não ter tido muita paciência, por não ter pensado mais nela que em mim...  Na verdade, foi uma convivência sofrida, também para mim. Senti-me rejeitada desde criança, tendo em vista o carinho que ela dedicava mais a meus irmãos. À minha irmã, por ser uma criaturinha doce, sensível, delicada; ao meu irmão, por ser o único filho homem. Muitas crianças,com um ou mais irmãos, passam por isto. A falta de diálogo entre pais e filhos avolumam os problemas inevitavelmente. Estou quase certa de ter cometido o mesmo erro de minha mãe. Sinto as consequências disto há muito tempo. Porém, tem o Dia das Mães: acabo de ganhar um beijo do meu filho que está por perto e já recebi um telefonema carinhoso de um dos dois que moram fora. Certamente o outro telefonema virá mais tarde. Ainda sonolenta, a neta de quem sou mãe, me deu um abraço apertado.

Afinal, é Dia das Mães. Feliz dia para todas as mães! Elas merecem.

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